quarta-feira, 7 de maio de 2008

Mascara universal

Livre dança

A luz se doa as cores.
A cor se doa a sombra.
A sombra se doa a selva.
A selva é poesia.
Na eterna solitude a relva.
De cactos e hibiscos.
Vida vã, tardia.
Conduz esse corpo.
Que não é Cristo.
Carrego esse risco que me lança.
Do ser não ser.
Então existo.
E tanto faz, livre dança.
Núcleos e espaços.
Velas e incensos.
O inconciente, uma galaxia na palma da mão.
A paz, o pão e a alma.

sábado, 26 de abril de 2008

Efêmera

Inominável

Nasço e já não sei desse viver.
Tão vago.
Chão, Céu, ser amado.
Quem sabe?
Amado por quem?
Pelo eterno sentir?
Pelo interesse do vácuo?
É só contemplar luz?
E os dias nublados?
Que sejam dublados por nós.
Por Deus, estreitos laços.
Dos braços e pernas.
Do eu, dos passos.
Nomear alegria?
Curar do cansaço.
Exergo,ouço, falo.
Movendo e movido pelo espaço.
Trazido e trazendo recados.
Inócuos, nocivos?
Inteiro, bagaço.
As cores e os breus.
Do inominável.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Mensageiro

Eterno

Eterno venero a vida
Reflito a virtude da morte
Atravez do tempo a ida
Na vinda o nascer de sorte.
Comtemplo o existir, tão lindo
E o amor infindo cônsono
Ao despertar para o dia
E ao ver chegar o sono.
Que seja rindo ou chorando
Da amizade a companhia
O coração rural e urbano
Os banhos de água fria
A paz, as frutas e os sonhos.
O breve sorriso do filho
O brilho espectral e o mistério
Respiro o destino austero
E espero mais uma alegria.
Canto convicto do segredo
Do sangue que corre nas veias
Como as ondas que percorrem o mar
E morrem tão lindas na areia.
Vivo exerço o passar
E passa por muitos lugares
Nas sombras, na luz
Buscando humildade
Fruto dos passos corajosos e covardes.
Percebo girar o céu
Os astros em sua majestade
Que cúmplices preservam o véu
Que se desnuda ao desencarne.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Eu

O fantasma da ditadura

Eu vejo o fatasma da ditadura.
O miasma dos sonhos já deteriorados
E diluídos no banzo de toda escravidão
Um ritual macabro e de fé
Ao sangue espinhos e ao adorado cão
Libertem Barrabás!
Enterro a caveira morbida pensante
Diante do amor e da paz
Uma lacuna para existência
Corpos estrelares
Deuses irmãos que se permitam e ouçam o coração
A raça dos astros
sem bem, nem mal
O Sol e as cores o eterno atemporal.



segunda-feira, 14 de abril de 2008

Quântica

Vida e senação

É equilíbrio que peço nesse tempo Césio
Com cores de euforia e de ilusão
Seus planos estratégicos
Convoca a dor a alegria
Na fé os peptídeos
Simbiose da beleza com a razão.
Abre, arde, fecha, esfria as feridas
Mau chega e parte
Mau noite, e dia
No limiar as trevas e o amor
As eras se partem e o pó.
Algo persisti leguas luz
Astros e imensidão
O anticorpo e vós
Vida e sensação.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O Dia

Ciclica Esfera

O sol rasgando o céu
E eu só
Pensando nela
O meu coração é seu
A vida toda
Vem vê-la
Vem e vai a certeza
A força constante impera
A ância da fera domada
Do nada a ciclica esfera

Cosmos

Virtuoso Tempo


Tento tatiar o tempo
Num eterno presente por vir
Percebo o borrão do passado
Vislumbro minha face que transmuta
Subjetivando o amor
Com um sabor de vida e morte
Aquem de qualquer dimensão
No hall do desconhecido e iluminado
Onde termina o vácuo um clarão
Evito olhar para trás
Pois já não há tempo
São infinitos ponteiros apontados para mim
Na direção do peito
A leve impressão de poder
Sobre o fogo, a água, o vento
Na virtuosedade das coisas
Na velocidade do tempo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Católico Atômico


 Testamento contemporâneo



No âmbito da compaixão
Grita em meu peito Lutero
Em um tão contra dito sermão
Que venha Cristo ou Adão
Esclarecer a dor para vida
E a morte para a iluminação
A deriva na corrente da história
Começo a despetalar a flor da ilusão
Talvez caia Judas ou as horas
O mal e o bem-me-quer
Conquanto que a suposta glória não traia o simples viver
De ser uma mera literatura com brechas para existir
Eterna virtude de eras
Milênios de estrelas a luzir

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Éden

Espelho histórico
Na inconsistência das coisas
Eu derretido no preto
Num espelho hitórico
De deslumbres e destroços
Saudando os guerreiros
E juntando os ossos
Com minha bandeira camisa
Que reflete a atmosfera de agora
Capitaliza, reza, chora
A cobra continua a chupar Adão
E Eva foi expulsa também
Tem prego, tem dor, tem medo e tem cor
Vivo no Éden de então
Com os afagos e as broncas dos dias
Na relatividade real
A maçã mãe da física
E martim Católico

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Orixá atômico


Casuais Esferas

Quem sabe minha memória terrena?
Responda ao fim da matéria.
O que será o existir por esse acúmulo de eras?
Uma equação de estrelas, essa sensação eterna?
Amor, felicidade, ilusão e tragédia
Nomear o possível nas casuais esferas
Coreografia de Deuses, raças, bactérias
Eu?
Em nome de quem, dos vícios dessa carcaça velha?
Penso no vácuo, acendo uma vela
Tudo é Orixá
Nado entre as ilhas
Horas de Sol, uma noite na Lua
Possivel por muitos sinais
Sinto-me estranho na rua
Venero a beleza da cultura
Simpatizo com a paz, antítese da doença
Utopia da cura ou mais um blefe da violência?
Formatado signo ancestral
Contente com que a vida insinua
Almejo uma nebulosa
Respiro entre as rosas
Em minha atmosfera crua.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

O dia de minha morte

Aceito o fim


Aceito o fim
Percebo meus fragmentos âmbar
Oxalá senhor do Bomfim prorrogue minha questão de amar
Ou o mar em seu manifesto em ondas me ensine a eternizar
E a voz leve do peito sem jeito de petrificar
Não muda por não falar
Mas fala para mudar
Seguem os olhos ao sabor do vento
E o sentimento quer suportar
As carências e o saber dos tempos
Para melodias elucidar
Na lâmina da voz o afago atômico em nós
Sol, sabor, poeira, formas de inominar
Esfarelo e ando, esfarelo e ando, esfarelo e ando
Em meu existir nuclear

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O centauro social


Cede e sede Aquários

Certo da providência astral
Desentalo essa era engasgada
Ruminada de nativismo vil
No frenesi cibernético emblemático
No saudoso sexo bucólico
No futurismo frio agnóstico
O pó que trás o espirro
É o resto das estrelas cansadas
Talvez saia de nossa voz
E liberte o nosso sangue
Que venha de muito longe
Vestida de nebulosa
E traga no peito uma rosa
Em oferenda aos vossos pés
E banhem nossas cabeças

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

A nova ordem do mundo

Consciência Ôca

As consciências passeiam
Em infinitas possibilidades condensadas
Odeiam-se e desejam-se
Com suas freqüencias e charadas

Flashes de existência
caminham em busca do nada
Que é o todo e é tudo
Em uma realidade moldada

Na complexidade energia, luz, atrito, estática
Gerando substância em segredo, ossos, tecidos e cascas
Em nome da virtude gigante, constante na eternidade mágica
Ser fogo, petróleo, diamante, ar, terra e água

Criação de tesouros brilhantes
O tempo, o sistema, as máquinas, solidão, separatividade, o antes, o medo as religiões as máscaras

Por vez hormônios se encontram
os sonhos ou a farsa
trocam carências ou carinhos
Consomem-se numa ansiosa dança

Saciam o amor nos momentos de entrega ao "CAOS"
Ante-conceito, pura, sutil e cega
Borrando a suposta solidão
Fundido-se no experimento de substâncias novas
Que chegam e passam na inconsciente consciência ôca.